Estudantes da UFBA realizam primeiro ato em resposta a bloqueio de R$2,4 bi na educação
Gabriel De Luca
Estudantes da UFBA realizaram hoje um protesto em resposta ao corte de R$2,4 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC). O ato foi o primeiro registro de reação no movimento estudantil do país sobre o contingenciamento no repasse ao ministério denunciado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) em nota, ontem. Os alunos ocuparam o espaço da Reitoria da UFBA e estenderam o movimento até a frente da prefeitura.
Além do movimento estudantil, entidades dos professores, estiveram presentes políticos da cena local. Recém-eleito deputado estadual pelo PSOL, Hilton Coelho denunciou: “O presidente mandou um recado do seu sentimento com as universidades, que é de fechamento. Na véspera do segundo turno”.
O bloqueio pode representar corte, como o de junho deste ano, acumulando R$763 milhões a menos na manutenção da educação superior brasileira. “Isso é uma questão de sobrevivência, porque sem isso a universidade pode fechar as portas em poucos dias”, disse o presidente da Apub, Emanuel Lins.
Depois de lotar o auditório da reitoria da UFBA, os estudantes ocuparam as ruas do centro da cidade, chamando muita atenção dos moradores, que se manifestaram em janelas e varandas. As manifestações apoiavam o ex-presidente Lula e também o atual presidente. Na região da Av Joana Angélica, os estudantes ainda se encontraram com uma outra mobilização, realizada pelo SINDACS. Os dois movimentos gritaram palavras de ordem juntos e seguiram até a prefeitura.
São esperadas novas movimentações do movimento estudantil pelo país. A presidente da UNE, Bruna Belaz, convocou no Instagram da entidade os estudantes a procurarem os seus respectivos centros acadêmicos. A APUB realizará uma assembleia amanhã às 10h onde os cortes serão pauta.